sábado, 19 de março de 2011

França diz que ataque à Líbia deve começar neste sábado

Reunião entre americanos, franceses, britânicos e árabes em Paris dará sinal verde

O embaixador da França nas Nações Unidas, Gérard Araud, disse nesta sexta-feira que a ação militar na Líbia deve começar já neste sábado (19), horas depois de uma reunião diplomática em Paris.
O encontro vai reunir a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, e líderes árabes.
- Amanhã haverá um encontro de cúpula em Paris, com todos os principais participantes das operações [militares] e do esforço diplomático. Então, eu acho que seria um grande momento para enviar um último sinal [para o ditador líbio Muammar Gaddafi].
Ele lembrou que Estados Unidos, França e Reino Unido já deram um ultimato a Gaddafi para que pare de atacar cidades controladas pelos rebeldes que tentam derrubá-lo do poder após quatro décadas.
- Então, eu suponho que, depois desse encontro, eu acho que, nas próximas horas, nós lançaremos a intervenção militar.

Gaddafi perde batalha para rebeldes
O Exército de Muammar Gaddafi lutou em vão nesta sexta-feira para capturar Misrata das mãos dos rebeldes e bombardeou a cidade noite adentro, ignorando um cessar-fogo que havia sido anunciado pelo governo, segundo um morador da cidade.
Os ataques começaram logo no início da manhã e perduraram até o anoitecer, disse o morador, chamado Mohammad. Ele relatou que, durante a tarde, batalhões leais a Gaddafi, apoiados por cerca de 40 tanques, enfrentaram os rebeldes, mas acabaram se retirando.
- Eles foram atacados pelos rebeldes. Conseguimos destruir 11 veículos deles, incluindo um par de tanques. Pegamos um tanque deles e cinco caminhonetes. A batalha durou cerca de quatro ou cinco horas, até que eles partiram.
Médicos da cidade disseram que houve um bombardeio indiscriminado e que pelo menos 38 pessoas morreram devido aos combates.
Segundo o relato do morador, o Exército invadiu a cidade, que tem 300 mil habitantes e fica 200 km a leste de Trípoli, depois de o chanceler líbio, Moussa Koussa, anunciar que o governo suspenderia todas as suas operações militares, acatando uma resolução do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas).
Antes disso, o médico Khaled Abou Selha havia dito à agência de notícias Reuters, por telefone via satélite, que as forças do governo estavam atacando a cidade com artilharia e tanques.
- Eles estão bombardeando inclusive ambulâncias. Vi uma menina com metade da cabeça aberta.
Não foi possível verificar os relatos de forma independente, já que os jornalistas são proibidos de viajar até a cidade.


Fonte: R7

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