domingo, 27 de março de 2011

ANÚNCIO DE PRIVATIZAÇÃO DO MATADOURO DE PATOS GERA QUESTIONAMENTOS

Por Izaias Nóbrega/Diário de Patos

A possibilidade de privatização do Matadouro de Patos, anunciada pelo secretário de Agricultura do município, Sebastião dos Santos Lima [foto], após a morte de um trabalhador na última terça-feira (22), gerou críticas e divergências sobre o assunto por trabalhadores do local, que pediram para não serem identificados.

Na visão de muitos, se privatizado, o Matadouro deixaria de empregar a totalidade do contingente que hoje sobrevive da matança de animais. “Qualquer empresa que venha a administrar o abate deverá reduzir o quadro e investir na aquisição de novos equipamentos, sem necessitar de todos que aqui trabalham. Será o nosso fim!”, adverte um dos profissionais.

O caso de privatização para a Prefeitura de Patos seria para solucionar um problema que atrapalha a administração.

As administrações têm enfrentado críticas na imprensa ao longo do tempo por não fazerem investimentos. O funcionamento do local, quando não adequado também passou a ser objeto de intervenções judiciais, como aconteceu recentemente a pedido do Ministério Público.

O secretário Sebastião dos Santos Lima revelou na manhã de ontem que a prefeitura deverá tratar a questão da privatização remetendo o pedido para apreciação na Câmara Municipal, o que deverá ocorrer num prazo de 60 dias. Não há uma confirmação, mas já haveria interessados na aquisição do Matadouro Público.

Sobre a situação de um funcionamento pleno do local, sem que ocorram críticas à higiene, a forma do abate e a condição de trabalho, alguns acreditam que se a Prefeitura de Patos empreendesse seriedade na gestão, os problemas estariam terminados.

A morte de Cleidson Pereira Pinto, morto após sofrer um choque elétrico na serra de osso do Matadouro, na tarde da última terça, por volta das 15h30, poderia ter sido evitada.

Segundo trabalhadores, o aparelho já apresentava problemas há alguns dias atrás e a gerência teria sido comunicada, porém não foi tomada a devida providência. Se houve negligência, só uma sindicância ou um inquérito policial atestará.

Na realidade, a privatização acaba com um problema para a prefeitura, mas trará outros numa visão social, acarretando desempregos para as famílias que têm naquele local a busca pela sobrevivência.


Retirado do PortalPatos

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