sexta-feira, 18 de março de 2011

Países se preparam para ação contra a Líbia

Conselho de segurança da ONU autorizou área de exclusão aérea e bombardeios sobre o país
Após a decisão do Conselho de Segurança da ONU que autorizou uma intervenção militar na Líbia para “proteger a população civil”, os países envolvidos iniciaram ações contra o país governado por Muammar Gaddafi.
O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, presidirá nesta sexta-feira (18) uma reunião de seu gabinete e fará uma declaração sobre o tema na Câmara dos Comuns, informaram fontes do número 10 de Downing Street. A Royal Air Force já estará alerta para o início de quaisquer operações.

Fontes do governo citadas pela rede britânica BBC, no entanto, desmentiram algumas informações de que os  aviões britânicos poderiam alcançar o espaço aéreo líbio em questão de horas, e evitaram projetar um calendário preciso de ação.
O ministro das Relações Exteriores da França, Alain Juppé, disse  que a França “está pronta” para essa “operação conjunta” sob o comando da ONU, sustentando que o país pode executar uma ação militar nas próximas horas.
Juppé salientou que não se “trata de ocupar” o país, mas conter o regime de Muammar Gaddafi. A Itália já colocou uma base militar à disposição das forças ocidentais.
O ministro da defesa norueguês, Grete Faremo, teria afirmado a um jornal local que a Noruega também iria contribuir para as operações.

Oposição
O governo da China, que se absteve na votação da resolução das Nações Unidas que autoriza a intervenção na Líbia, indicou ter sérias reservas e reiterou sua oposição ao uso da força no país norte-africano, destacou a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores Jiang Yu.
- Nos opomos ao uso da força em relações internacionais e temos sérias reservas com relação a parte da resolução.
Além da China, o Brasil, a Alemanha, a Rússia e a Índia se abstiveram de votar a favor da intervenção. O ministro do Exterior, Guido Westerwelle, disse em comunicado após a votação que as tropas alemãs "não participarão de uma operação militar na Líbia". A Alemanha se absteve na votação porque vê "consideráveis riscos e perigos" em uma ação militar contra Muammar Gaddafi.
O motivo para a abstenção do Brasil , segundo a representante permanente do Brasil na ONU, Maria Luisa Viotti, é a incerteza de que "o uso da força [...] levará à realização do nosso objetivo comum – o fim imediato da violência e a proteção de civis". O voto neutro do Brasil já era esperado, já que o país tem um histórico de abstenções em votações que envolvem intervenções militares em outras nações.

Gaddafi pode aceitar cessar-fogo
O governo líbio está disposto a aceitar um cessar-fogo com os rebeldes, mas exige discutir os detalhes antes de sua aplicação, declarou na madrugada desta sexta-feira (18) o vice-ministro das Relações Exteriores, Khaled Kaaim, em entrevista coletiva concedida em Trípoli.
- Estamos dispostos a tomar esta decisão [do cessar-fogo], mas necessitamos de um interlocutor bem preciso para discutir sua aplicação.
O vice-ministro destacou que seu país vai "reagir positivamente à resolução da ONU e vamos provar esta vontade garantindo uma proteção aos civis".

Fonte: R7

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