quinta-feira, 17 de março de 2011

Bombeira perde o movimento das pernas após treinamento em CG

Em Campina Grande, uma mulher denuncia que perdeu parte dos movimentos do corpo, depois de um treinamento para seleção no curso de Bombeiros. Mesmo apresentando atestado médico, ela teria sido obrigada a participar do treinamento, o que causou uma lesão na coluna.

Tatiana Farias de Andrade, de 24 anos, ingressou no curso de formação de soldados ainda em 2010. Na primeira semana de treinamento, em outubro do ano passado, em João Pessoa, a jovem sofreu uma lesão na coluna.

“Eu estava em instrução na terça-feira à noite, sob comando de um oficial, e o major fez um monte de exercícios e, quando terminou, já por volta da meia noite, quando cheguei no alojamento, senti uma dormência e uma dor muito forte na coluna”, afirmou Tatiana.

Segundo o pai da jovem, Tarcísio Roberto, os oficiais ignoraram o atestado médico da filha. “Colocaram ela dentro de uma cisterna, junto com 46 alunos, onde ela não teve condições de se locomover. Os membros inferiores dela não correspondiam mais. Ela foi tirada pelos colegas. E foi transportada indevidamente, não para o hospital, mas para o alojamento, onde a situação se agravou ainda mais”, reclamou o pai.

Tatiana já foi internada duas vezes. Seu advogado, Amaro Pinto, acusa o Corpo de Bombeiros de negligência. “Uma vez que foi apresentado ao oficialato responsável pelo curso, o atestado médico foi inteiramente desconsiderado. Então, há o entendimento da família de que, além da imperícia, da imprudência e da negligência, há também conduta dolosa a ser apurada”, declarou Amaro.

O marido de Tatiana, Alex Rone, não se conforma com a situação da esposa. “É deplorável. Minha esposa tinha uma vida normal antes do curso de formação de Bombeiro Militar e hoje em dia se encontra numa situação de vegetação”, lamentou Alex Rone.

O advogado Amaro Pinto vai requerer judicialmente que o Corpo de Bombeiros arque com as despesas do tratamento médico e vai mover uma ação também por danos morais e materiais.

O comandante do 2º Batalhão do Corpo de Bombeiros em Campina Grande, Fábio Santos, admitiu a procedência das denúncias e disse que as medidas estão sendo tomadas. “Foi feito um inquérito policial militar e os resultados estão com a justiça militar.


Fonte: PB1

Um comentário:

  1. isto é uma vergonha para o Corpo de Bombeiros. Em pleno século XXI, vivendo em um Estado de Direito, e com grande busca pelos Direitos Humanos, ainda existe oficiais com mentes retrógadas, que acham que estão em um período de ditadura.

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