domingo, 12 de junho de 2011

Rio de Janeiro: “Prisão preventiva para 40 mil policiais”

A frase do título desta postagem foi publicada no twitter pelo ex-capitão da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, Rodrigo Pimentel. O co-autor dos livros Elite da Tropa e Elite da Tropa 2 informou que o Governo do Estado do Rio de Janeiro decidiu colocar todos os policiais militares de prontidão neste domingo, 12 de junho, dia em que será realizada uma passeata em favor dos bombeiros militares do Rio.

A interpretação é que a medida do Governo visa evitar que os PM’s participem da manifestação, já que por força de lei nenhum militar do estado pode se recusar a cumprir determinação superior:

O Jornal O DIA publicou cópia da determinação:
A medida acirrou os ânimos para o ato de manifestação deste domingo, que ocorre em tom de reivindicação pacífica, e poderia ser tratada de modo democrático e negociado. Mas, aparentemente, o enfrentamento e a repressão é o tom que prevalecerá, tendo como tônica o cerceamento das liberdades mediante prisões.

O curioso é que a própria mãe do Governador do Rio de Janeiro cita o quanto o expediente da prisão para cercear a liberdade de expressão lhe causou sofrimento, e a seus filhos, entre eles o Governador: “A prisão é sempre difícil. Você ser preso porque você não pode colocar as suas ideias num jornal, numa televisão, isso é ruim, péssimo para qualquer indivíduo. [...] Nós tínhamos três filhos pequenos – o filho mais velho, o Sérgio Cabral Filho, visitou o pai na prisão. Dava pra nós explicarmos a ele, que é muito difícil você dizer pra um filho que seu pai está preso, e explicar a ele que o pai estava preso porque ele não estava muito de acordo com as ideias do governo”.

O pai do Governador do Rio de Janeiro foi um dos criadores do célebre jornal “O Pasquim”. Veja o vídeo com o depoimento da senhora Magaly Cabral:
                                                 


Abordagem Policial
                                             

Um comentário:

  1. Os bombeiros assim como qualquer categoria têm o direito de pedir melhoria salarial, ocorre que por servirem junto com a PM, sob regime militar, lhes é vetado o direto à greve. Nos últimos dias o que tenho visto no Rio é um circo. Uma categoria que vem sendo “doutrinada” por políticos faz meses, chega ao ponto de rasgar sua lei militar, invadir um quartel, ocupar e inutilizar viaturas.
    Ora, isso é inadmissível em um estado de direito. Imaginemos se médicos decidem fazer greve, invadir hospitais, furar pneu das ambulâncias e trancar as portas; E se um dia policiais em greve ocuparem os presídios e ameaçarem soltar os presos? Não obstante, teríamos ainda a possibilidade de Soldados do exército em greve, colocarem tanques para obstruir vias. Pergunto: Onde a sociedade vai parar? É esse o precedente que a sociedade deseja abrir com os bombeiros?
    Para que não corramos esse risco há uma legislação militar que rege as FFA, Bombeiros e a PM. Independente de qualquer pleito salarial, ela tem de ser respeitada. No momento em que a sociedade permitir que essa lei seja ignorada, estará pondo em risco sua própria ordem.

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