terça-feira, 12 de abril de 2011

Crimes, badernas, hipocrisias, trabalho policial: Viva o futebol paraibano!

Por: Redação/ParaibaemQAP












Jogadores, torcedores e membros da comissão técnica ligados aos times Treze e Campinense, de Campina Grande, fizeram questão de mostrar ao Brasil (e ao mundo, via internet) o quanto somos vândalos do futebol. E com brecha para apontar, mais uma vez, a face hipócrita de parte da sociedade quando o assunto é segurança pública.
Nesse domingo (10), a vergonha paraibana – dos gramados do Amigão às manchetes do jornalismo nacional – deu um show de bagunça, vandalismo, atrocidades, danos ao patrimônio, lesões corporais, crimes. Literalmente, um assunto de polícia.
Polícia, aliás, que embora tenha feito o seu dever, ainda foi alvo de críticas por determinados ‘especialistas’ de plantão. Tudo bem, o bom da liberdade de expressão é a possibilidade da réplica, da tréplica e das versões bilaterais até que o assunto se esgote.
Não sabemos se elogiamos ou criticamos a tropa de CHOQUE presente no jogo. Os policiais fizeram o que manda a doutrina e a ladainha por vezes enfadonha de pseudo-defensores dos Direitos Humanos. Utilizaram da força menos agressiva para conter jogadores e – pasme – membros da comissão técnica. “Homens da sociedade” cometendo crimes na cara da polícia. E da imprensa. Pergunta-se: os baderneiros tiveram o tratamento policial que mereciam?
A crítica que devemos fazer não cabe, na verdade, àqueles valorosos (e pacientes!) policiais. Se dependesse deles, badernas dessa espécie seriam controladas em questões de segundos [Mas...]. A crítica vai à hipocrisia cristalizada na mente vazia do povo brasileiro, alucinado pelo futebol (nada contra até determinado ponto; veja vídeo abaixo) e analfabeto nos assuntos de maior relevância.
As cenas protagonizadas por jogadores dentro de campo reproduziram os mesmos crimes fora do estádio. E com um agravante: em locais desprovidos de segurança policial, justamente porque o já insuficiente efetivo estava à disposição dos “homens de bem” no Amigão. Detalhe: sabe quem levou a culpa por não haver segurança nas ruas?... Pois é...
Marmanjos descontrolados devem ser tratados como tal: é mata-leão, chave de braço e, se espernear, descarga elétrica no lombo. Em seguida, leva para a delegacia. Não é assim no primeiro mundo? Não é assim que deve ser feito com os marginais brigões que atormentam os filhos da burguesia nos blocos carnavalescos? Qual a diferença?...
Mas a tropa de CHOQUE, competente e preparada com o é, conteve a RAZÃO por saber que a sociedade paraibano-brasileira não tem as mínimas condições de conviver com uma polícia moderna. Exige, mas não a suportaria. Um spray de pimenta já estava de bom tamanho para ‘o povo’ (com a ajudinha da imprensa) não lamentar a truculência contra “honrosos jogadores de futebol”.
A culpa é da polícia I
Na saída do estádio, os outros baderneiros – os torcedores – saíram a depredar tudo o que viram pela frente. Pelo menos 10 ônibus foram apedrejados pelos criminosos, chegando a ferir passageiros que com certeza nada tinham a ver com atos irresponsáveis de quem não sabe perder nem torcer. Mas não é de estranhar que alguém desse ônibus tenha perguntado “cadê a polícia nessa hora?”
A culpa é da polícia II
Clientes de lanchonetes do Catolé, próximo ao estádio, entraram em desespero ao vir aquela gangue imensa de marginais tocando o terror pelas ruas. O proprietário do estabelecimento teve de colocar todo mundo para dentro e fechar as portas, mostrando claramente que atos terroristas não é exclusividade do Oriente Médio. O que diferencia é a ‘ideologia’ das ações. Aqueles clientes, hoje, lamentam mais a ‘ausência’ da polícia ou a irresponsabilidade de jogadores?
Inesquecível
Sempre que ocorrem fatos como este, nos vem à mente a coragem de um promotor campinense chamado Herbert Targino, que no auge das ‘torcidas organizadas’ determinou a proibição dessas entidades completamente desprovidas de organização. Mas a lei falou mais alto, os marginais continuam copiando nas ruas o que vêem dentro de campo e o cidadão de bem – passageiro de ônibus, cliente de lanchonete, verdadeiro torcedor, etc. – continua a mercê da baderna geral.
Primeiro mundo
Você, leitor, quer um lugar tranqüilo para assistir a um clássico de futebol em paz com sua família? Exija, desde já, que a tropa de CHOQUE tenha autonomia para fazer o que deve ser feito, cobre das autoridades a punição na forma da lei a quem protagoniza as cenas que desencadearam toda essa confusão e reze para que homens como dr. Herbert Targino viva muitos anos na ativa. Se assim não for, não vá a campo, não ande de ônibus nem freqüente lanchonetes em dias de clássico.
Depois não culpe a polícia.

Por ParaibaemQAP.

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