terça-feira, 3 de janeiro de 2012

PARAÍBA: Cabo da PM acusado de ter disparado dois tiros no próprio filho

O cabo da Polícia Militar João Batista Gomes dos Santos, conhecido como Jota Batista 2, lotado no 2º Batalhão em Campina Grande, espancou e atirou no próprio filho, o adolescente J. V., 15 anos. Depois do atentado, contou com ajuda de um irmão, também PM, e de uma irmã, do Conselho Tutelar de Ingá, para ocultar o filho ferido.
Violência - imagem ilustrativa
Pai atirou no filho - imagem ilustrativa












A denúncia veio a público hoje através da mãe do garoto, Andréia Nunes dos Santos, ex-esposa do cabo da PM. Ela explicou que o garoto passava férias na casa do pai quando foi alvo da violência. 

“Meu filho vomita sangue e só não está morto porque se atracou com o pai, impedindo que os tiros fossem letais”, disse a mãe. Ela disse que os disparos atingiram a perna do garoto.

“Fizemos exames no Departamento de Medicina Legal que constataram todo o trauma que meu filho passou – ele está muito machucado e muito triste por ter sofrido esse ataque da parte do próprio pai”, diz a mãe, que reclama providências do 2ª Batalhão da PM.

“Ele está trabalhando como se nada tivesse acontecido”.

Andréia contou que o crime ocorreu na última quarta-feira, na casa do PM em Ingá. Ele estava bebendo e, em determinado momento, se irritou com o filho.
“Ele esmurrou, chutou, esbofeteou meu filho e, achando pouco tanta violência, foi em busca da arma para matá-lo”, conta a mãe.

”Ele só não matou meu filho porque ele se atracou com o pai, fazendo com que os tiros fossem disparados para baixo, mas dois atingiram suas pernas”.
Depois do crime, ela disse que recebeu uma ligação da atual esposa do PM, contando que havia tido uma briga entre pai e filho.

“Estranhei não poder falar com meu filho, chamei meu marido e fui na mesma noite até Ingá”, conta Andréia.

Ela, porém, não encontrou o filho. “Eles ocultaram para que eu não visse a extensão da violência e só depois de muita procura localizei meu filho jogado na casa de uma amiga, de onde seria levado para ser escondido em um sítio”, disse.

“Mais do que os machucados, testemunho meu filho chorando em silêncio, sem entender até agora porque foi alvo de tamanha violência por parte do próprio pai”, finaliza. 



Portalcorreio - Adriana Bezerra

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