As informações a respeito do crime foram repassadas pelo chefe de segurança dos agentes penitenciários de Alcaçuz, Joelson Galúcio. Segundo ele, o homicídio ocorreu após o encerramento da visita de familiares, que acontecia ontem. "Ainda havia famílias aqui no hall quando a confusão teve início na pavilhão 1", disse Joelson. O provável motivo do assassinato foi uma briga entre Maciel Anderson e a mulher de Jeanderson Douglas. O apenado assassinado ontem havia fugido de Alcaçuz durante o ano passado. Na rua, teria brigado com a mulher de Jeanderson, o que despertou a sua revolta.
adriano abreu Detento Jeanderson Rodriques confesou homicídio em Alcaçuz foi levado para autuação na delegacia
A vítima havia sido recuperada há seis dias. Ele permaneceu no setor de triagem antes de ser destinado a um pavilhão da unidade prisional. Ontem, foi a primeira vez que as celas foram abertas, em virtude da visita de familiares. "Não sabíamos que existia essa rixa, senão teríamos evitado o contato. Mas foi o próprio Maciel que pediu para ser colocado no pavilhão 1. Eles sabem onde estão os inimigos", informou Joelson Galúcio.
Os agentes penitenciários não acreditam que apenas um apenado tenha realizado o crime. No entanto, apenas Jeanderson Douglas confessou a realização do assassinato e disse ter agido sozinho. Ele será conduzido na manhã desta segunda-feira para a delegacia da Polícia Civil, onde deve ser autuado pelo homicídio.
Maciel Anderson era acusado de ter participado da invasão à delegacia da cidade de Parazinho, em novembro do ano passado. Ele teria realizado um verdadeiro arrastão por estabelecimentos comerciais da localidade, acompanhado de comparsas. Rendidos, os dois policiais militares de serviço nada puderam fazer para combater a ação criminosa.
Clima de tensão
O presídio de Alcaçuz permanece em um clima de tensão durante a manhã desta segunda-feira. Após o registro do homicídio na tarde de ontem, detentos do pavilhão Rogério Coutinho Madruga, recém inaugurado, deram início a outra confusão. O motivo, dessa vez, é o recorrente problema em relação a alimentação. A grama do novo pavilhão chegou a ser queimada e os presos já estavam com camisas no rosto, dando a entender que ali seria iniciada uma rebelião. Ontem à noite, eles receberam apenas um pão para o jantar.
Após a confusão, os agentes providenciaram outra alimentação, mas que seria fornecida a metade dos presos. "Agora pela manhã, continuamos com o problema. Estamos improvisando, tentando tapar um buraco. Não sei como eles vão reagir no momento em que formos entregar", disse o chefe de segurança dos agentes penitenciários, Joelson Galúcio. Segundo ele, a escassez e a qualidade da alimentação que será entregue podem deflagrar nova revolta por parte dos apenados. "Às vezes, eles não aceitam e dão início a uma confusão. Podem pegar novatos como reféns para reivindicar melhorias na alimentação, que enfrenta problemas recorrentes", afirmou.
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