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Maurício Melo
Depois do apagão que atingiu quase todos os estados da região Nordeste, vários internautas aproveitaram o tema para fazer comentários preconceituosos principalmente usando mídias sociais nesta sexta-feira (4). Este movimento lembra o "caso Mayara Petruso", ocorrido quando alguns adolescentes "culparam" o nordeste pela vitória da presidenta Dilma Roussef na eleição de outubro.
Clique aqui para ver outros depoimentos sobre o assunto no Twitter.
Hoje, como naquela situação, a resposta acabou sendo maior que os ataques. Ao que parece, logo que os primeiros comentários preconceituosos foram publicados, entidades como a OAB dos estados nordestinos e vários internautas responderam e rechaçaram as agressões, assim como o resultado do caso da estudante de direito Mayara Petruso, que podem ter inibido novas manifestações.
O internauta identificado apenas como @paullomarinho enviou uma mensagem emblemática ao Paraíba1
Olá caros amigos do Grupo Paraíba de Comunicação,
Venho através deste e-mail demonstrar o meu repúdio e o meu grau de perplexidade diante da "volta da onda" de agressões ao Nordeste. Como é sabido, houve no mês de Outubro a "avalanche" de depreciações ao Nordeste durante o período das eleições presidenciais que elegeram a então candidata Dilma Rousseff, por parte do Sudeste que "montou" um esquema de culpa - inexistente, afinal é uma democracia - ao povo nordestino pela vitória da candidata.
Hoje, 4 meses depois do primeiro movimento xenófobo, um segundo acontece: agora graças ao apagão ocorrido entre o fim da noite de ontem e a madrugada de hoje em 8 Estados do nosso belo Nordeste, como todos vimos nos telejornais e os que moram aqui presenciaram. Por meio do Twitter - cenário também da primeira revolta em Outubro - inúmeros usuários do Sul, Sudeste e Centro-Oeste iniciaram a onda de xingamentos ao povo Nordestino e à região em si. Como brasileiro, e acima de tudo como orgulhosamente um nordestino, não pude conter o meu sentimento de regionalismo que estava sendo ferido diante das agressões dos demais brasileiros.
Iniciei minha busca no Twitter sobre os que estavam depreciando nossa Região, usando a hastag #apagao para as buscas, pois quando a acessei para conferir o progresso das causas do ocorrido, notei que muitos usuários estavam defendendo o Nordeste. Pasmei com o que vi: de vários Estados do Brasil vinham os xingamentos, de todas as formas e das mais baixas expressões da língua portuguesa. Não de todas, mas de algumas eu tirei print e registrei as agressões, ao todo envio 26 imagens em anexo que comprovam o preconceito sofrido pelo Nordeste perante todo o Brasil, algo inaceitável entre qualquer sociedade no mundo, e mais ainda: entre pessoas do mesmo País!
Espero que o Grupo Paraíba de Comunicação se posicione diante de tudo isso, que com este jornalismo eficaz e que assisto desde criança, e ao qual sempre depositei toda a minha credibilidade, dê-me ainda mais orgulho de ser brasileiro, nordestino, paraibano e filho de uma terra onde as pessoas são mais do que cidadãos: são uma família.
Atenciosamente,
@paullomarinho - Moderador viajamos.com.br
Fonte: Paraíba1
Depois do apagão que atingiu quase todos os estados da região Nordeste, vários internautas aproveitaram o tema para fazer comentários preconceituosos principalmente usando mídias sociais nesta sexta-feira (4). Este movimento lembra o "caso Mayara Petruso", ocorrido quando alguns adolescentes "culparam" o nordeste pela vitória da presidenta Dilma Roussef na eleição de outubro.
Clique aqui para ver outros depoimentos sobre o assunto no Twitter.
Hoje, como naquela situação, a resposta acabou sendo maior que os ataques. Ao que parece, logo que os primeiros comentários preconceituosos foram publicados, entidades como a OAB dos estados nordestinos e vários internautas responderam e rechaçaram as agressões, assim como o resultado do caso da estudante de direito Mayara Petruso, que podem ter inibido novas manifestações.
O internauta identificado apenas como @paullomarinho enviou uma mensagem emblemática ao Paraíba1
Olá caros amigos do Grupo Paraíba de Comunicação,
Venho através deste e-mail demonstrar o meu repúdio e o meu grau de perplexidade diante da "volta da onda" de agressões ao Nordeste. Como é sabido, houve no mês de Outubro a "avalanche" de depreciações ao Nordeste durante o período das eleições presidenciais que elegeram a então candidata Dilma Rousseff, por parte do Sudeste que "montou" um esquema de culpa - inexistente, afinal é uma democracia - ao povo nordestino pela vitória da candidata.
Hoje, 4 meses depois do primeiro movimento xenófobo, um segundo acontece: agora graças ao apagão ocorrido entre o fim da noite de ontem e a madrugada de hoje em 8 Estados do nosso belo Nordeste, como todos vimos nos telejornais e os que moram aqui presenciaram. Por meio do Twitter - cenário também da primeira revolta em Outubro - inúmeros usuários do Sul, Sudeste e Centro-Oeste iniciaram a onda de xingamentos ao povo Nordestino e à região em si. Como brasileiro, e acima de tudo como orgulhosamente um nordestino, não pude conter o meu sentimento de regionalismo que estava sendo ferido diante das agressões dos demais brasileiros.
Iniciei minha busca no Twitter sobre os que estavam depreciando nossa Região, usando a hastag #apagao para as buscas, pois quando a acessei para conferir o progresso das causas do ocorrido, notei que muitos usuários estavam defendendo o Nordeste. Pasmei com o que vi: de vários Estados do Brasil vinham os xingamentos, de todas as formas e das mais baixas expressões da língua portuguesa. Não de todas, mas de algumas eu tirei print e registrei as agressões, ao todo envio 26 imagens em anexo que comprovam o preconceito sofrido pelo Nordeste perante todo o Brasil, algo inaceitável entre qualquer sociedade no mundo, e mais ainda: entre pessoas do mesmo País!
Espero que o Grupo Paraíba de Comunicação se posicione diante de tudo isso, que com este jornalismo eficaz e que assisto desde criança, e ao qual sempre depositei toda a minha credibilidade, dê-me ainda mais orgulho de ser brasileiro, nordestino, paraibano e filho de uma terra onde as pessoas são mais do que cidadãos: são uma família.
Atenciosamente,
@paullomarinho - Moderador viajamos.com.br
Fonte: Paraíba1
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