quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Egito


Repórter Americana
A rede americana CBS News resolveu tornar público nesta terça-feira (15) que uma de suas correspondentes no Egito, a jornalista Lara Logan, “sofreu uma brutal agressão sexual” enquanto cobria a queda do presidente Hosni Mubarak.
Segundo o comunicado da emissora, no dia da renúncia, sexta-feira passada (11), Lara fazia uma reportagem na praça Tahrir, no Cairo, quando “ela, sua equipe e seus seguranças foram cercados por um elemento perigoso no meio da festa”.
A jornalista acabou sendo separada do grupo no meio da multidão, foi espancada e abusada sexualmente, antes de ser salva por um grupo de mulheres e cerca de 20 soldados egípcios.
“Ela se reconectou com a equipe da CBS, retornou ao seu hotel e voltou para os Estados Unidos no primeiro vôo da manhã seguinte. Ela está no hospital se recuperando”, completa o comunicado.
O texto ainda diz que não haverá outro comentário da CBS News e da família da jornalista, que pedem privacidade neste momento.
De acordo com o site The Huffington Post, Lara tinha sido presa anteriormente pelas autoridades egípcias ao tentar entrar no Cairo.
Um relatório do Comitê para a Proteção dos Jornalistas sobre os ataques à imprensa no Egito, em 2005, se referiu aos abusos sexuais sofridos por jornalistas do sexo feminino no país.

Até então, relatos de jornalista agredidos durante os protestos que derrubaram o ex-presidente Mubarak se limitavam a agressões físicas sofridas por normalmente homens, reprimidos por policiais, militares ou grupos governistas.
Os repórteres brasileiros da EBC (Empresa Brasil de Comunicação), Gilvan Rocha e Corban Costa, chegaram a ser presos, vendados e expulsos do Egito, em uma viagem que durou 27 horas.
Outro jornalista egípcio, Ahmad Mohamed Mahmoud, que trabalhava na cobertura da crise para o jornal árabe Al-Ta'awun, de maior circulação no Egito, morreu por não resistir aos ferimentos de bala sofridos em 28 de janeiro.


Fonte: R7

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