quarta-feira, 20 de abril de 2011

10 passos para tornar-se um comandante medíocre

1º Passo - Ser o comandante que não comanda

Ele tem como única preocupação o usufruto das regalias do cargo, desempenhando com maestria os simbolismos da função, mas sendo incapaz de fazer sentir a sua liderança (se é que tem) tanto quanto é incompetente para conquistar o respeito voluntário de sua tropa.


2º Passo - Não ser exemplo de liderança


Aquele comandante que nenhum outro comandante em níveis hierárquicos subordinados gostaria de seguir os passos.

É aquele que:
- Acha que o problema são os outros.
- Não exerce influência sobre a tropa.
- Não sabe quando assumir a responsabilidade.
- Falha seriamente com a mídia.
- Sempre obedece, mesmo quando raramente discorda.

3º Passo - Não saber ouvir


Ouvir é o instrumento básico do relacionamento humano. Ouvir para conhecer. Ouvir para prestigiar. Ouvir para incentivar. Ouvir para amadurecer. Ouvir para decidir. Conhecer o subordinado; prestigiá-lo como pessoa; incentivá-lo à participação. Amadurecer para decidir. Decidir para comandar! O comandante que não sabe ouvir é o mesmo que: - Não sabe ver a sua Corporação pelos olhos de sua tropa. - Nomeia as pessoas certas para as funções erradas. - Não sabe usar o poder mágico das palavras.


4º Passo - Não ter um objetivo e um sentido para o seu comando.


Um comandante precisa articular uma meta comum que inspire a sua tropa a se empenhar em conjunto. Além de ser capaz de angariar o apoio coletivo. Para ser medíocre, também: - Não consiga estimular a sua tropa. - Não se empenhe para desbloquear os canais obstruídos. - Não saiba tirar disciplina da liberdade concedida.


5º Passo - Criar um clima de desconfiança


Esta condição gera uma disputa interna por cargos e funções. Não há confiança e respeito entre os graduados integrantes da estrutura administrativa superior. Os atritos são constantes e geram fofocas e incidentes de assédio moral. Este comandante é aquele que: - Não aceita que até mesmo a pior falha pode ser superada. - Trata mal o portador das más notícias e com medalhas os bajuladores. - É incapaz de proteger a sua tropa contra os graduados lunáticos.

- Não quer ser o melhor, pois teme as responsabilidades decorrentes.

6º Passo - Buscar elogios e não resultados


Estes comandantes estão preocupados simplesmente em livrar as suas peles e manter as suas gratificações pelo maior tempo possível. Este comandante: - Não ajuda a derrubar barreiras. - Não aceita a opinião de sua tropa. - É autoritário.

- Não aceita erros, mesmo que estes ocorram com a intenção de fazer o certo.
- Acredita que as boas idéias só podem surgir na cabeça de coronéis.
- Não desafia a sua tropa para superar os limites.

7º Passo - Não assumir riscos calculados


Não compreende que atualmente as Corporações devem, para permanecerem vivas e fortes, elogiar e promover aqueles que correm riscos, mesmo que fracassem de vez em quando. Aqueles que nunca erraram nunca fizeram nada para melhorar a Corporação. Estes comandantes também: - Preferem as pessoas que seguem o padrão do que aquelas que pensam por si mesmas. - Não dão oportunidades aos profissionais promissores. - Têm medo de quebrar as regras que não fazem sentido.


8º Passo - Não preparar o seu pessoal


Estes comandantes menosprezam os treinamentos, pois querem simplesmente ver o pessoal em postos de serviço para dar uma satisfação aos políticos. Acham os cursos, estágios, treinamentos e outros, dispensáveis e de menor importância. Quando o GCM erra por falta de conhecimentos técnicos, este tipo de comandante quer crucificá-lo.


9º Passo - Estimule a desunião


O comandante que não é justo no estabelecimento de punições ou, pior ainda, na concessão de prêmios e condecorações, beneficiando preferencialmente aqueles indicados politicamente ou que se estruturam pela bajulação, em detrimento dos que realmente estão correndo os riscos da atividade policial, gera um clima de descontentamento e desunião no seio da tropa.


10º Passo - Não se preocupe com a qualidade de vida de sua tropa.


Os comandantes que não têm a menor preocupação com as condições de moradia, saúde, educação, lazer e salarial de sua tropa, não se preocupando com fatores importantes como: escala de serviço, ambiente de trabalho adequado, assistência médica, promoções, acompanhamento psicológico, assistência jurídica, etc; são os verdadeiros comandantes medíocres.


Autor desconhecido.
Do SD Almança

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