terça-feira, 24 de maio de 2011

Rosalba reúne secretários para pedir corte de gastos

Em meio à crise do funcionalismo, com alguns dos principais setores em greve, a governadora Rosalba Ciarlini fez uma reunião com todo secretariado e trouxe como tônica um freio de arrumação para pedir mais contenção de gastos. O Executivo identificou uma distorção entre o projeto do orçamento de 2011 aprovado na Assembleia Legislativa, ano passado, e o que será exeqüível para o ano. A contabilidade ecoou ainda mais preocupação para o Governo: há um déficit de R$180 milhões apenas na folha de pessoal.
Governadora Rosalba Ciarlini conversa com auxiliares para pedir mais cautela nas despesas
Governadora Rosalba Ciarlini conversa com auxiliares para pedir mais cautela nas despesas 

“O Estado não tem condições financeiras para cumprir o orçamento. Estamos com um orçamento irreal. Se projeta um déficit milionário”, disse, em tom de alerta, o secretário chefe da Casa Civil, Paulo de Tarso Fernandes. Ele afirmou que a governadora Rosalba Ciarlini pediu unidade dos auxiliares e uma “reescrita do orçamento”.
Ele confirma que o orçamento de R$ 8,4 bilhões, proposto pela gestão passada e aprovado pela Assembleia Legislativa, é irreal por não contabilizar as despesas e estimar exageradamente as receitas. “O Estado por causa das dívidas de exercício anterior já está consumindo o orçamento de 2011, os passivos do funcionalismo estão sendo inadiáveis, também débitos com os municípios, esse dinheiro foi tirado do orçamento desse ano”, destacou.

Paulo de Tarso Fernandes ressaltou que o débito no orçamento para folha de pessoal, no valor de R$ 180 milhões,  é excluindo qualquer reajuste. “Foi feito um orçamento, enviado em setembro de 2010, onde não traz o acréscimo entre janeiro de 2010 e dezembro de 2010, quando a  folha aumentou R$ 63 milhões. Se parasse tudo  hoje nós já tínhamos um acréscimo mensal de R$ 63 milhões todo mês e isso não foi previsto”, explicou.
A governadora Rosalba Ciarlini apontou que a administração vive uma crise originada pelos gestores passados. Ela fez um apelo para os servidores grevistas retornarem ao trabalho: “Não é porque eu não queira fazer (o reajuste) é porque não estou podendo. Quero que eles analisem, a população mais pobre está sendo penalizada. Temos que superar esse momento. O Estado está tomando medidas para conter despesas, voltadas para administração com muita ética. Sempre disse que esse será um ano muito difícil. Infelizmente temos dificuldade muito grande até de poder localizar determinados detalhes em relação ao funcionalismo”.

Cardoso Silva

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