O soldado Pedro Saldanha da Silva, que tem 39 anos e é o principal suspeito de ter assassinado José Abreu Neto, que tinha 45 anos e também era soldado da Polícia Militar, apresentou-se ontem à tarde na Delegacia Regional de Mossoró. Ao contrário do que todos imaginavam, o policial não quis falar sobre o assassinato do colega. Depois de realizar os procedimentos necessários, o militar foi liberado para aguardar as investigações em liberdade. Agora, a investigação procura provas para poder indiciá-lo.
Lembre o Fato: Tiroteio envolvendo dois Policiais
Saldanha foi à Delegacia Regional de Mossoró, acompanhado de seu advogado, no início da tarde de ontem. Edvan Queiroz, delegado responsável pela investigação, reconhece que a decisão do militar de não confessar o crime poderá dificultar as investigações, mas lembra que existem outros tipos de provas para serem colhidas. O fato de o crime estar diretamente ligado a dois policiais militares - um é vítima e outro é suspeito - pode ser um outro agravante para as investigações. O único depoimento colhido até então mostra isso. O depoente diz que viu os dois juntos, mas não presenciou o crime.
Ao ser questionado sobre possíveis dificuldades para encontrar testemunhas do crime, Edvan prefere não confirmar. "É um crime que não resta dúvida de quem o cometeu. O fato de ele (Saldanha) vir aqui e não querer falar não muda nada. É público e notório quem efetuou os disparos naquela noite. Então, agora vamos reunir provas e encaminhar o inquérito ao Ministério Público Estadual", explica o delegado, acrescentando que, por enquanto, não pretende solicitar ordem de prisão contra o policial. "Ele se apresentou, tem residência fixa... Não há motivos para isso agora", esclarece.
Por lei, o suspeito não é obrigado a prestar depoimento na fase investigatória, que comente à Polícia. Foi se baseando nesse princípio que a defesa do militar decidiu não falar, deixando para a fase do juízo. Inicialmente, a Polícia esperava que o militar confessasse o crime, possivelmente alegando legítima defesa. Com o silêncio do policial, muitas dúvidas permanecem sobre o caso. Ainda não se sabe ao certo se o soldado Abreu estava armado. No momento em que ele foi encontrado caído, após ser baleado, não havia nenhuma arma, o que desqualifica a versão de uma troca de tiros na rua.
A única certeza, até então, é quanto ao motivo da discussão entre os dois policiais, que até então mantinham uma convivência pacífica, segundo informações colhidas pelo DE FATO. Abreu foi assassinado na noite de segunda-feira passada, 16. Um dia antes, o carro do seu filho havia sido apreendido em Baraúna, quando o soldado Saldanha e outros policiais estavam de serviço na cidade. Abreu mostrou-se insatisfeito com a conduta dos colegas e chegou a procurar o comando do Batalhão da Polícia Militar de Mossoró para se queixar. Na segunda, encontrou-se com Saldanha em um bar da cidade.
Segundo o depoimento da única testemunha ouvida até ontem, os dois sentaram-se à mesma mesa e passaram a conversar amistosamente. Depois de alguns minutos, a testemunha contou que houve uma certa exaltação nos ânimos. "Ele disse que viu os dois juntos, mas dizer que viu Saldanha atirar não disse. É assim mesmo. Por tabela, a gente vai colhendo esses depoimentos e eles vão ajudando a esclarecer o que realmente aconteceu", conta Edvan Queiroz. Após os disparos, a testemunha contou que viu Abreu caído e não encontrou mais Saldanha, que já havia saído do local às pressas.
Ao ser questionado sobre possíveis dificuldades para encontrar testemunhas do crime, Edvan prefere não confirmar. "É um crime que não resta dúvida de quem o cometeu. O fato de ele (Saldanha) vir aqui e não querer falar não muda nada. É público e notório quem efetuou os disparos naquela noite. Então, agora vamos reunir provas e encaminhar o inquérito ao Ministério Público Estadual", explica o delegado, acrescentando que, por enquanto, não pretende solicitar ordem de prisão contra o policial. "Ele se apresentou, tem residência fixa... Não há motivos para isso agora", esclarece.
Por lei, o suspeito não é obrigado a prestar depoimento na fase investigatória, que comente à Polícia. Foi se baseando nesse princípio que a defesa do militar decidiu não falar, deixando para a fase do juízo. Inicialmente, a Polícia esperava que o militar confessasse o crime, possivelmente alegando legítima defesa. Com o silêncio do policial, muitas dúvidas permanecem sobre o caso. Ainda não se sabe ao certo se o soldado Abreu estava armado. No momento em que ele foi encontrado caído, após ser baleado, não havia nenhuma arma, o que desqualifica a versão de uma troca de tiros na rua.
A única certeza, até então, é quanto ao motivo da discussão entre os dois policiais, que até então mantinham uma convivência pacífica, segundo informações colhidas pelo DE FATO. Abreu foi assassinado na noite de segunda-feira passada, 16. Um dia antes, o carro do seu filho havia sido apreendido em Baraúna, quando o soldado Saldanha e outros policiais estavam de serviço na cidade. Abreu mostrou-se insatisfeito com a conduta dos colegas e chegou a procurar o comando do Batalhão da Polícia Militar de Mossoró para se queixar. Na segunda, encontrou-se com Saldanha em um bar da cidade.
Segundo o depoimento da única testemunha ouvida até ontem, os dois sentaram-se à mesma mesa e passaram a conversar amistosamente. Depois de alguns minutos, a testemunha contou que houve uma certa exaltação nos ânimos. "Ele disse que viu os dois juntos, mas dizer que viu Saldanha atirar não disse. É assim mesmo. Por tabela, a gente vai colhendo esses depoimentos e eles vão ajudando a esclarecer o que realmente aconteceu", conta Edvan Queiroz. Após os disparos, a testemunha contou que viu Abreu caído e não encontrou mais Saldanha, que já havia saído do local às pressas.
Após assassinato, PM continua trabalhando
A Polícia Militar vai investigar a conduta do soldado Pedro Saldanha da Silva, que tem mais de 10 anos na corporação, através de um Conselho de Disciplina. Se o crime tivesse ocorrido a serviço da PM, seria aberto um Inquérito Policial Militar (IPM), além do inquérito instaurado pela Polícia Civil.
O prazo inicial para que o Conselho de Disciplina se posicione sobre o caso é de 40 dias, podendo ser prorrogado.
Enquanto durar o processo militar, o soldado Saldanha continuará trabalhando e recebendo salário normalmente.
"Ele só deixaria de receber se fosse expulso definitivamente da Polícia Militar", explica o major Walmery Costa, subcomandante do Segundo Batalhão da PM em Mossoró.
Por enquanto, segundo o major, ainda não foi definida a função que Saldanha deverá exercer durante os próximos dias. A única certeza é que ele não voltará ao serviço de rua.
Dentro do Batalhão existem funções administrativas, como o setor de estatística, oficina, rancho, além de outros, como o atendimento no Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (CIOSP), segurança interna do prédio, etc..
"A gente vai procurar uma função de acordo com as habilidades dele. A única certeza é que ele não volta, pelo menos agora não, ao serviço de rua", garante o subcomandante.
Após o processo interno, o policial militar poderá ser punido com uma mera suspensão ou até mesmo expulsão da PM.
Defato - Andrey Ricardo
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