terça-feira, 17 de maio de 2011

Gestante perde o bebê e acusa Maternidade de Patos de negligência médica

A dona de casa Euriane Lucena de Oliveira procurou o Programa Cidade em Debate, da Rádio 102 FM, para denunciar um possível caso de negligência médica ocorrida na cidade de Patos-pb. De acordo com a denunciante, ela grávida de 9 meses, realizou uma ultrassom recomendada pelo médico da Unidade de Saúde da Família, que constatou que ela estava com pouco liquido na placenta. O médico a orientou que ela procurasse imediatamente a Maternidade, pois o bebê poderia morrer.
No mesmo dia, 3 de maio, ela foi até a Maternidade Peregrino Filho de Patos em busca de atendimento e lá chegando encontrou o nosocômio sem prestar auxílio por conta da entrega dos plantões por parte dos médicos da Rede Hospitalar Estadual.
O médico plantonista informou da situação da falta de atendimento e se negou a prestar socorro mesmo atestando através do exame de ultrassom que o estado de saúde da mãe e da criança era delicado por conta da falta de líquido amniótico, ressaltando que ela iria precisar de uma cesariana. O médico chegou a dizer que ela deveria procurar atendimento em outro local rapidamente.
A gestante relatou que ela pediu ao profissional para que ele a encaminhasse então para outro hospital, mas o médico se negou afirmando que não poderia fazer tal procedimento porque ela não estava interna.
Dona Euriane disse ainda que a Maternidade não a encaminhou nem colocou uma ambulância a sua disposição, pois esta estava quebrada. A gestante resolveu no mesmo dia prestar queixa na Polícia Civil através de um Boletim de Ocorrência contra o médico relatando a negativa de prestação de socorro e negligência médica.
Posteriormente, ela procurou no mesmo dia o PSF que a encaminhou de volta a Maternidade para que o médico reavaliasse o quadro clínico da paciente. O mesmo médico se negou a fazer o procedimento. No dia 4, ela resolveu fazer uma nova ultrassom em outro laboratório a fim de saber qual a sua real situação.
A gestante disse que levou o exame para seu médico particular Egilmário Bezerra, que inclusive, também é diretor da Maternidade, que chegou a dizer que tudo estava bem e que ela seria mãe de um lindo bebê. Euriane disse que analisou apenas uma ultrassom e não as duas, pois tinham diferença de diagnóstico. "Ele disse que eu podia ir para casa e esperar que dentro de 10 dias e que eu estava de parabéns, o meu filho nasceria", relatou.
A gestante, sob orientação do médico, foi para casa. No último dia 13 de maio, Euriane disse que começou a ter fortes contrações e procurou novamente a Maternidade. Lá estava de plantão o médico Eduardo Batista Neto que a atendeu.
O médico ao escutar o coração do bebê, atestou que este estava parado. Dr. Eduardo fez um exame de toque e constatou que ela estava com 8cm de dilatação e a encaminhou imediatamente para realização do parto que foi normal.
No entanto, para tristeza da mãe e de todos os familiares, o médico procurou a família para relatar que o bebê havia nascido morto, tendo vindo a óbito dois dias antes. Segundo a irmã da vítima, Maria Eurine Lucena, o médico disse que infelizmente ele não pode fazer nada, e que inclusive, o cordão umbilical já estava em decomposição.
Como causa da morte, o médico colocou na Declaração de Óbito Anoxia Intra Uterina(falta de oxigênio) por conta da falta de líquido amniótico.
Revoltada, a família quer justiça e deve entrar no Judiciário para pedir reparação de possíveis danos.
De acordo com o advogado da paciente, Maurício Alves, este é um flagrante de negligencia médica e que todos os responsáveis devem ser incriminados.
Ele afirmou que deverá ingressar com uma Ação Civil e outra Criminal contra a Maternidade e os responsáveis a fim de reparação de danos.
Os médicos citados na reportagem foram procurados na maternidade, mas nenhum foi encontrado para prestar possíveis esclarecimentos. A reportagem se coloca à disposição de todos para ouvi-los.

Horaexata

Um comentário:

  1. esse tal desse dr egilmario è um incopetente, ele tem que ser punido, pelo que ta fazendo, isso è crime deixar morrer as crianças indefesas.

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