segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Cabo Jeoás será considerado desertor caso não se apresente nesta segunda-feira

Policial tem mandado de prisão decretado pela justiça da Bahia, mas ainda não se apresentou.

                                                      
O cabo Jeoás Nascimento, presidente da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, tem até a meia noite desta segunda-feira (13) para ser apresentar ao Quartel do Comando Geral da PM. Caso contrário, será considerado desertor e terá que cumprir prisão militar.

O policial já tem um mandado de prisão decretado pela Justiça da Bahia, tendo em vista que é membro da Associação Nacional dos Praças e esteve envolvido da greve dos policiais militares baianos. O mandado está com o comandante geral da PM do RN, coronel Francisco Canindé de Araújo Silva, desde a segunda-feira da semana passada, dia 6.


Como até esta segunda-feira (13), o cabo Jeoás Nascimento não se apresentou e também não foi detido, ele é considerado foragido da Justiça, mas terá a situação agravada a partir da meia noite de hoje. “O Estatuto da Polícia Militar estabelece que após sete dias se apresentar aos seus serviços o policial é considerado desertor”, explica o comandante geral.


Hoje, Jeoás já é considerado ausente do 1º Batalhão da Polícia Militar, onde está lotado. “Passadas as primeiras 24 horas sem ir ao trabalho, ele já está ausente e isso já foi publicado no Boletim do Batalhão. Caso ele não se apresente até meia noite, será feito o inventário de todos os objetos dele naquela unidade e, em seguida, lavrado um termo de deserção”, conta.


De acordo com o coronel Araújo Silva, o documento é enviado para o Comando Geral da PM e para a 11º Vara Criminal de Natal, onde também funciona a Auditoria Militar. Na sequência, a diretoria de pessoa da Polícia Militar estabelece o corte do salário dele imediatamente. Confirmada a deserção, independente de mandado de prisão, o policial terá que cumprir uma prisão militar de 60 dias.


“Caso ele se apresente ou seja preso amanhã, por exemplo, ele será encaminhado para a Justiça da Bahia, que decidirá onde ele ficará preso ou se revogará o pedido de prisão. Se ele ganhar liberdade no processo da Bahia, terá que cumprir de toda forma a prisão militar de 60 dias”, comentou Araújo Silva.


O cabo Jeoás Nascimento é um dos 12 policiais militares que tiveram prisão decretada durante a greve da Polícia Militar na Bahia. O movimento grevista foi encerrado neste domingo (12) e agora os policiais lutam por anistia e pela revogação dos mandados de prisão. O policial potiguar está incomunicável desde a semana passada e até mesmo seus companheiros da Associação de Cabos e Soldados da PM/RN declaram que não sabem onde ele está.


Na semana passada, Jeoás chegou a postar em seu Twitter pessoal que estava na Bahia e que os advogados da ACS estavam tentando reverter a decisão judicial. O processo de deserção será desenvolvido na Justiça do Rio Grande do Norte e pode render ainda ao policial sua expulsão dos quadros da Polícia Militar.


PortalBO - Thyago Macedo

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