O Presídio Regional do Serrotão, localizado no município de Campina Grande (distante 122 quilômetros de João Pessoa), receberá uma unidade acadêmica da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) no segundo semestre deste ano. O projeto de criação do Campus Avançado da UEPB, como será chamado, surgiu a partir de uma iniciativa da instituição de ensino em parceria com a Secretaria de Administração Penitenciária do Estado. O projeto tem como objetivo levar educação e assistência social aos apenados.
A implantação do Campus Avançado da UEPB no Serrotão é um projeto pioneiro no Brasil. Cerca de R$ 1,5 milhão foi investido no projeto.
Além disso, a instalação de uma universidade dentro do complexo penitenciário tem a intenção de expandir e fortalecer as políticas públicas direcionadas à ressocialização dos presos. “Queremos desmistificar a ideia de que apenados são delinquentes e mostrar a eles que tanto a sociedade quanto o Estado, se preocupam com as condições em que eles retomarão à liberdade”, explicou o secretário de administração penitenciária do Estado, Valber Virgolino.
A expectativa é que o novo campus da UEPB inicie suas atividades em julho, oferecendo aos detentos cursos que vão desde a alfabetização até o nível superior, bem como os profissionalizantes. A população carcerária será beneficiada também com aulas preparatórias para exames supletivos relativos aos ensinos fundamental e médio.
De acordo com informações divulgadas pela instituição de ensino, já foram confirmadas as realizações de seis atividades educativas: oficina de leitura, curso Pré-vest solidário e o Pré-vest Comunitário, curso de rádio comunitária, horta comunitária e um projeto de esportes.
Ainda segundo Virgolino, no que concerne aos cursos profissionalizantes e de ensino superior, serão disponibilizadas aos presos disciplinas ligadas a diversos campos de conhecimento, dentre eles as correspondentes as áreas do Direito e de Ciências da Saúde.
O primeiro curso a ser oferecido no campus penitenciário será o de Ética e Direitos Humanos, destinado exclusivamente aos agentes penitenciários do Serrotão. A aula inaugural da unidade de ensino será ministrada pelo representante da Unesco, professor Timothy Ireland. O especialista em Direitos Humanos ressaltou a importância e satisfação em contribuir com a execução do projeto. “É algo fantástico pensar na ideia de ter uma universidade funcionando dentro de um presídio”, declarou Ireland.
Nota do blog: Antes de se preocuparem com os presidiários deveriam pensar nas vítimas desses mesmos que estão presos, pessoas humildes que moram na periferia e não tem acesso a um ensino de qualidade e muito menos superior.
Fonte: Portalcorreio
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