A disputa por terra teria motivado a execução do promotor Thiago Faria Soares, 36 anos, na manhã de ontem, na PE-300, nas proximidades de Itaíba/PE. Essa é a principal linha de investigação da Polícia Civil.
O promotor foi assassinado com quatro tiros de espingarda calibre 12, ele estava acompanhado da noiva, a advogada Mysheva Freire Ferrão Martins, e do tio dela Adautivo Elias Martins. Ele conduzia um Hyunday prata na altura do km15, quando foi interceptado por ocupantes de um Fiat Uno preto. A advogada teria conseguido escapar pulando do carro após o primeiro disparo. Ela foi socorrida com escoriações para a Maternidade João Vicente, em Itaíba, onde recebeu alta médica ontem mesmo. O promotor estava de casamento marcado para o dia 1º de novembro, mas já morava com Mysheva na Fazenda Nova, em Águas Belas.
A terra onde o casal vivia pode ser o motivo do crime. A fazenda era habitada por posseiros, mas o promotor teria atuado na reintegração de posse desta terra em benefício da família da noiva, no caso, do próprio sogro. Em seguida, as terras teriam sido colocadas para leilão através do Banco do Nordeste e, na ocasião, o promotor teria adquirido o bem. Duas testemunhas foram ouvidas na Delegacia de Águas Belas na noite de ontem pelos delegados que estão à frente das investigações.
O corpo de Thiago Faria foi sepultado às 15h30 de hoje no Cemitério de Águas Belas, apesar de o promotor ser natural do Rio de Janeiro. A escolha do local foi acertada entre as famílias.
José Maria Pedro Rosendo - "Zé Maria de Mané Pedro"
O carro usado no crime foi encontrado na fazenda do cunhado de José Maria, identificado por Edir Ubirajara, que, neste momento, presta depoimento na Delegacia de Iati. Ubirajara é ex-presidiário e conhecido na região por ser o “braço direito” do suposto mandante do crime. O motivo do assassinato envolveria uma disputa por cerca de 25 hectares de terra da Fazenda Nova, do ex-deputado Audálio Tenório.
A noiva do promotor, a advogada Mysheva Ferrão Martins, sobrinha de Audálio Tenório, teria herdado uma parte da propriedade em um leilão e, após adquirir os hectares e se tornar dona da maior parte da fazenda, quis expulsar José Maria, que, inconformado com a decisão, teria se negado a deixar a propriedade e acionou a justiça para tentar reverter o processo.
Do blog com informações do Diário de Pernambuco e do blog do Magno
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