terça-feira, 8 de março de 2011

Governador Ricardo Coutinho e os efeitos do início do seu governo na Paraíba e em Patos-PB


Depois de vários anos de espera, finalmente a Paraíba sai do poder do grupo político que comandou com os mesmos moldes os destinos do seu povo. A eleição de Ricardo Coutinho – PSB trouxe a esperança de mudanças positivas para os cansados da mesma história governamental no estado. Nos primeiros meses do novo governador o povo assiste as mesmas práticas velhas e a volta dos grupos políticos que se revezam nas benesses do poder.
Com o ex-governador José Maranhão - PMDB, a Paraíba assistiu a SAELPA ser vendida a preço de banana, o PARAIBAN ser entregue da mesma maneira, o endividamento dos mais diversos nas contas do estado, o sucateamento da CAGEPA, falta de concursos públicos e reajuste salarial para os funcionários, a intransigência com os movimentos sociais, como no caso da greve da UEPB, mobilização da policia militar e falta de diálogo com manifestantes em todas as ocasiões. Foi um governo de muita propaganda e pequenos avanços. Um desses avanços pode ser considerado a adutora Coremas-Sabugi que, independentemente das polêmicas, trouxe água para muitas cidades do sertão.
Na composição da coligação para a chapa de governo do estado, Ricardo Coutinho e o PSB fizeram a opção de aliarem-se com os partidos DEM, PSDB e com demais partidos fisiológicos na Paraíba. Para isso foi garantida a vaga de vice-governador para o ex-deputado federal Rômulo Gouveia – PSDB e o apoio para o senado das candidaturas de Cássio Cunha Lima – PSDB e do ex-senador Efraim Morais – DEM. A avaliação do PSB era que para ganhar a eleição no estado contra José Maranhão – PMDB essa união seria fundamental. Foi com essa coligação que Ricardo Coutinho ganhou no primeiro e segundo turno das eleições e segue governando o estado da Paraíba.
Ricardo Coutinho prometeu fazer um dos melhores governos que a Paraíba já teve. Disse publicamente que tiraria os cem anos de atraso do estado, que faria um governo com nomeação dos secretários com critério mais técnico que político, mas até agora, passados dois meses de governo o caminho está sendo outro. Há quem diga que essa é a estratégia usada para ganhar a maioria na Assembléia Legislativa do Estado e garantir a governabilidade através de troca de favores.
Na cidade de Patos quase todas as nomeações causaram escândalos.  São adversários políticos que receberam cargos, pessoas com processos policias e judiciais em comando de órgãos importantes, muitos incompetentes assumindo outros, politicagem barata em repartições públicas em troca de favores visando às eleições de 2012, ou coisas do tipo.
Nos poucos órgãos que os diretores tentam fazer um trabalho sério, as nomeações de auxiliares por conchavos políticos e interesses pessoais acima dos coletivos têm atrapalhado o andamento desses projetos. As queixas de mau atendimento e rancor político de pessoas que não esqueceram o fim da campanha eleitoral têm causados estragos nesse início de governo em Patos.
Além dos casos relatados, muitos contratados não foram nomeados e seguem dando expediente sem receber salários há dois meses. Existem casos de pessoas que pediram demissão do trabalho para assumir contratos no estado, mas até agora estão trabalhando sem receber nada por isso.
Até agora um dos únicos órgãos que deu resultados em Patos foi à segurança pública. Foram dezenas de prisões realizadas pela policia militar e civil e fim da interferência política nos comandos da segurança. Mesmo com toda a discussão em torno da “PEC da Paraíba” os resultados na segurança pública em Patos são notórios.     
O governo de Ricardo Coutinho – PSB está tendo um início complicado. Se continuar com essa prática terá um fim trágico para o seu mandato, e o pior, quem sofre as conseqüências como sempre é o povo paraibano.


Jozivan Antero – patosonline.com 

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